A Editora Valer conquistou um marco histórico no mercado editorial do Brasil: completou a marca de 2 mil obras publicadas. Os livros vão desde Direito, Literatura, pesquisas científicas e diversas temáticas ligadas à região Amazônica.
Há quase 30 anos no mercado, a Valer sempre esteve no imaginário e na estante do amazonense, principalmente, por conta da livraria, onde reuniam-se intelectuais e pesquisadores de todo o Amazonas.
De acordo com a coordenadora editorial da Valer, professora doutora Neiza Teixeira, chegar nesse patamar não é para qualquer editora, ainda mais com a qualidade e o carinho com que a Valer edita os livros. “Esse fato é motivo para celebração, porque não é novidade as dificuldades do mercado editorial. Para nos mantermos, é necessário que tenhamos amor pelo que fazemos e crença que servirá para transformar o mundo.”
Para o editor e fundador da Valer, Isaac Maciel, o marco confirma a necessidade de continuar e persistir nesta atividade que está ligada à sua trajetória e disciplinas diárias.
“A minha vida toda foi envolvida com o livro. Eu comecei com o livro antes dos 18 anos, e agora, já com 63, faça as contas. Então, é assim, faz parte de mim, eu não consigo me imaginar numa outra atividade. O livro nas suas mais diversas formas. Eu penso que, praticamente, em todos os aspectos da cadeia produtiva do livro eu já estive. Estar envolvido nisso me completa com um resultado orgânico. Como, diariamente, é levantar-se, tomar banho, ir trabalhar, voltar para casa. Ou seja, é dentro de uma rotina que eu batalho essa questão do livro no Amazonas e no Brasil”.
Para se ter uma ideia, o primeiro livro editado e publicado pela Valer, foi um intitulado, ‘Constituição e Código Tributário do Amazonas’, organizado pelo Ronnie Frank Torres e Francisco Luciano Nunes, em 1995; o segundo, ‘Turismo e Comunicação’, do Otto Beltrão, em 1996; ‘O adeus de Diana’, de Elson Farias, em 1996; o quarto, ‘Além uma estranha caminha’, de Nepioy e Pitochoy Mlaj, de 1997; ‘Os Bucheiros – um memorial de infância, de Álvaro Nonato, de 1997, e o sexto (o primeiro da famosa coleção RESGATE e quando começa a parceria com Tenório Telles, ‘Ritmos de Inquieta Alegria’, de Violeta Branca.
Essa parceria foi importante para Valer, segundo Neiza, porque trouxe a público obras que estavam fora do mercado editorial, o que causava transtornos, por exemplo, para os estudantes de Letras da Universidade do Amazonas, porque não as podiam ler. Podemos dizer que, a partir de então, a Valer foi aprofundando a sua linha de publicações sobre as Amazônias.
Novos livros e nova livraria
Outro marco da editora foi que, recentemente, selecionou 20 novos títulos para serem publicados sem custos para autores, e ainda com a primeira tiragem de mil exemplares. E isso mostra o quanto a Valer preza pela qualidade da escrita e relevância do que se é produzido no Amazonas e sobre a Amazônia.
Ainda segundo a coordenadora editorial, que fez parte do conselho para escolher os melhores textos, a busca por novidades é o que faz uma editora respirar e não parar. “A Valer é um projeto de vida, por isso, a perspectiva é que ela continue, sempre”.
Além das publicações, a editora vai inaugurar a livraria Valer Teatro, no Largo São Sebastião, também no segundo semestre deste ano.